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Relação Psicólogo Paciente

‘’Senti falta de que ela se aproximasse de mim, que me transmitisse mais segurança para que eu pudesse dizer tudo o que eu realmente deveria e queria…. Sobrou silêncio demais da parte dela e muitos gritos dentro de mim… Me senti ‘‘vomitando’’ mil coisas sem ninguém para segurar meus cabelos. Olha que não desisti, foi por um ano. Me ajudou com algumas coisas naquele momento, mas não me senti segura para dizer o que desejava. Quero alguém que esteja do meu lado, que não me julgue, que me entenda, que me ampare. É chato pra caramba: você aponta o seu pior. Eu mesma coloco mil barreiras, mas chega uma hora que precisa. Falar suas coisas para alguém desconhecida, passa mil e uma coisas na cabeça. Aí descobrimos que somos presos em nossos próprios paradigmas, mas já não é legal, porém não precisa ser pior.’’

Esse é um trecho de uma longa, deliciosa conversa cheia de descobertas que tive há alguns anos com uma pessoa muito querida.

Nos conhecemos há muito tempo. Ficamos períodos sem nos falar, mas quando nos vemos continuamos do ponto no qual paramos.

Neste dia, ela me contava sobre sua vivência na psicoterapia em outro momento de sua vida e o quanto desejava começar um novo processo.

Não pude deixar de escutá-la atentamente. Relação Psicólogo Paciente

Sua angústia, apreensão, medos, tudo ali exposto em uma mesa de um delicioso café que escolhemos cautelosamente para nosso encontro.

A cada colocação dela, partes de mim ressoavam: ora como cliente, ora como terapeuta.

Relação Psicólogo Paciente Sim, já estive em ambos os lugares e digo que isso é fundamental para a relação cliente/terapeuta e justamente sobre esta relação que vou abordar neste artigo.

Relação psicólogo paciente

Relação Psicólogo Paciente

Talvez você tenha estranhado (ou não) algumas linhas acima, nas quais falo que também já fui cliente.

Mas esta colocação serve para desconstruir um dos (muitos) mitos em torno do ser psicóloga: fazer psicoterapia.

É quase que inadmissível para algumas pessoas deparar-se com esta situação, afinal você é psicóloga e precisa ir na psicóloga?

Se o dentista tem dor de dente, ele vai onde? Se o fisioterapeuta se machucou e precisa de cuidados, ele vai onde? 

Talvez nossa cultura esteja pregando que nós, cuidadores, profissionais da saúde somos inatingíveis ou algo do gênero.

A grande armadilha está aí. Relação Psicólogo Paciente

Se nos empenhamos tanto para que a pessoa a nossa frente se conheça melhor, por quais razões não faria o mesmo?

Antes da psicóloga, antes do psicólogo, o SER HUMANORelação Psicólogo Paciente

Carl Gustv Jung (psicólogo, elaborador da teoria analítica) fez uma das colocações mais pertinentes que me deparei até hoje:

‘’conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana’’.

Aos meus olhos, seja esta a tradução simplista do que minha querida colega me disse.

Realmente, você sentar-se diante de outra pessoa até então desconhecida traz diversas sensações e diversos pensamentos.

É o novo e ele nos faz questionar muito. Relação Psicólogo Paciente

Um dos mais fortes pensamentos que anda de mãos dadas com o novo é julgamento.

Deixo claro e em letras garrafais que não é permitido isso ao psicólogo, pois além de ser uma falta ética, julgar o outro é olhar através das minhas próprias lentes, do meu próprio ponto de vista o mundo do outro.

Não é o meu mundo que está sendo olhado agora, mas sim do meu cliente (entenderam porque o psicólogo vai para a terapia? Lá o mundo dele é olhado, lá ele é o cliente).

Na verdade, como minha colega disse ‘‘descobrimos que somos presos em nossos próprios paradigmas’’, ou seja, o julgamento está na própria pessoa e não no outro a sua frente.

Gosto de ilustrar o processo psicoterapêutico com o seguinte exemplo: uma sala de espelhos.  

Aquelas que vemos em parques de diversão ou em filmes que você entra e se vê de diferentes ângulos, de diferentes formatos.

Entrar na psicoterapia é adentrar no seu próprio, único e exclusivo mundo e algumas partes que compõe este são deliciosamente agradáveis e outras são dolorosas, feias, desconhecidas ou até mesmo desacreditadas.

São justamente por estas partes talvez, que tudo parece tão impossível e muitas vezes inaceitável.

Desta maneira, cabe ao psicólogo oferecer a empatia.

Relação Psicólogo Paciente Ultimamente vejo nas redes sociais posts sobre a empatia, contudo ela é uma ferramenta humana que precisa ser realmente sentida e colocada em prática.

Empatia

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Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, se compreender com os olhos dele mesmo, mas sem deixar de ser eu, pois se esquecer qual é meu papel nesta relação tudo se mistura e se perde, não promovendo a ajuda e acaba mergulhando no mesmo nível de sofrimento.

É uma ferramenta humana imprescindível ao psicólogo.

Costumo dizer que a empatia é um dos elos da relação, assim, quanto mais o cliente se sentir compreendido, mais ele poderá se colocar.

O terreno da psicoterapia precisa ser fértil, para que o autoconhecimento e reconhecimento aconteça de maneira segura, transparente e confiável.

Pelo que minha doce colega me disse, foram estes os elementos que faltaram lá atrás.

Relação Psicólogo Paciente

Gostaria de frisar que cada pessoa tem seu ritmo e necessidades ímpares e todas devem ser fielmente respeitadas. Não é o que te leva ao encontro que irá te manter nele, mas sim como você se sente estando nele.

Relação Psicólogo Paciente É o caminhar entre dois seres humanos, no qual uma parte se entrega as suas mais diferentes formas e a outra parte acolhe e auxilia, não sendo responsável pela cura, mas sim por prestar atenção fielmente ao mundo da outra pessoa a sua frente.

Relação psicólogo paciente

A psicoterapia não é um substituto pleno da vida, mas sim um grande ensaio para esta, ou em outras palavras, não é o ‘’resolve tudo de errado que fiz até hoje’’, mas sim é a construção interna da permissão de olharmos e convivermos com nossa própria história de maneira sincera e duradoura.

Ah! Sobre minha colega: ela começou um novo momento de psicoterapia, está se sentindo acolhida e a cada novo momento se desfaz de seus velhos e engessados paradigmas.

Recomendo que você leia também: Relacionamento Sem Compromisso ou Medo de Nos Relacionar?

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Karina Nuevo é Psicóloga (CRP 96.094) e Arteterapeuta (AATESP 329/0516). Atua na área clínica com crianças, adolescentes e adultos.

Ministra palestras e vivências em Arteterapia.

Apaixonada pelas imensas possibilidades que a Psicologia e a Arteterapia oferecem, acreditando sempre na saúde emocional e desenvolvimento do ser humano e de suas relações.

Contatos:

E-mail: psicologa.karinanuevo@gmail.com

Facebook: Psicóloga e Arteterapeuta Karina Nuevo

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