Pessoas Com Esquizofrenia
Família, geralmente, é com quem passamos a maior parte do nosso tempo, onde somos acolhidos, onde se está seguro, correto? Pessoas Com Esquizofrenia
Imagine a pessoa que tem esquizofrenia que vê na família sua única salvação, seu porto seguro.
Percebe a família como pessoas em quem ela poderá conversar sem ser criticada (pelo menos é o que eles sentem, e em determinados momentos precisam!), onde vê o lar como ambiente protetor, seguro.
Muitos cuidadores reclamam que seu familiar em casa é uma pessoa, age de uma maneira e na frente dos outros, ou dos médicos age de outra, comportando-se e agindo conforme o esperado.
Essas situações muitas vezes deixam o familiar indignado, pensando: Pessoas Com Esquizofrenia
“poxa vida, aqui em casa tem comportamentos estranhos, fala coisas e na frente dos outros, parece tudo mentira!”.
Recomento que leia também: As 5 Fases da Aceitação de um Familiar Com Esquizofrenia!
Por que será?
Iniciei falando da família e da segurança que ela nos representa, pois bem, para pessoa que tem esquizofrenia essa segurança é maior ainda!
Pessoas Com Esquizofrenia Eles percebem seus cuidadores/ familiares como sua única salvação, sua proteção e sabem que as outras pessoas muitas vezes não vão entender o que acontece com eles.
Sentem medo do que pode lhes acontecer se disserem o que realmente pensam.
É por isso que a família tem papel fundamental na vida da pessoa que tem esquizofrenia.
Sem o apoio familiar é impossível que o paciente consiga se estabilizar, será na família que ela terá forças para seguir seu rumo, mesmo que seja diferente do planejado.
E o que vai acontecer se os cuidadores não souberem os motivos de seu familiar agir de uma forma em casa e muitas vezes de outra em outros ambientes?
As críticas vão surgir, o medo do seu familiar vai aumentar, o ambiente vai ficar pesado e ninguém vai se entender. Pessoas Com Esquizofrenia
Nessa hora o conhecimento do transtorno, as estratégias para lidar com o familiar, o apoio de grupos fazem toda diferença.
Se os cuidadores sabem que alguns comportamentos de seu familiar são decorrentes da esquizofrenia eles não vão pensar:
“Que preguiçoso, folgado, acomodado, dissimulado, etc” e aprenderão a lidar com seu familiar, estimulando-o, aceitando até onde eles podem ir com respeito.
Agora se os cuidadores não souberem o que é a esquizofrenia, os sintomas, como pode conviver melhor com seu familiar, as coisas complicam, e muito!
Recomendo que leia também: 8 Dicas Importantes Para Te Ajudar a Cuidar de Uma Pessoa Com Esquizofrenia!
Um ambiente estressante, com muitas críticas, com emoções “a flor da pele” trará consequências para todos familiares.
O transtorno já traz consigo muita sobrecarga, lutas e dificuldades, sendo assim as relações familiares já ficarão estremecidas, tensas em muitos momentos.
Conviver em um ambiente familiar difícil e estressante, com padrões emocionais rígidos e negativos contribui para aumentar o nível de sobrecarga emocional na família, o que é chamado de Emoção expressa(EE).
O alto nível de EE ocorre geralmente na presença de doenças graves e crônicas, as quais interferem na maneira como os familiares se relacionam.
A emoção expressa não é exclusiva da esquizofrenia, podendo ocorrer em outros distúrbios psiquiátricos, como por exemplo, no transtorno bipolar, alcoolismo, dependência química, câncer, etc.
Entretanto, na esquizofrenia a EE apresenta maior relevância, pois contribui para o desgaste familiar, pode influenciar o curso do transtorno, levando-o a mais internações e recaídas, por exemplo.
A emoção expressa pode ser vista nos seguintes padrões emocionais: Pessoas Com Esquizofrenia
*Hipercrítica
Quando um ou mais membros da família cobram demais do paciente uma mudança de rotina, atitudes, críticas por não ajudar em casa ou não fazer bem feito, só percebem o lado negativo de tudo que o familiar faz, nunca apontando o que fazem de positivo.
Esses familiares precisarão enxergar as coisas sob outro ângulo, mudar algumas atitudes e formas de falar, valorizar as pequenas conquistas.
*Superproteção
Preocupação exagerada e excessiva com seu familiar. Pessoas Com Esquizofrenia
O paciente não pode fazer nada sozinho, mesmo que consiga e possa executar, seu cuidador não permite.
Sei que é uma forma de proteger, mas você cuidador precisa entender que irá atrapalhar seu familiar.
Ele irá se sentir incapaz, inútil, se acomodando cada dia mais e não saberá viver sozinho, e quando você não estiver mais com ele?
Permita que seu familiar dê seus passos.
*Permissividade Pessoas Com Esquizofrenia
Ser permissivo demais, deixar fazer o que quiser, não ter limites ou regras (o que não deve acontecer de forma alguma!).
O cuidador pode agir assim por medo que seu familiar surte ou porque cansou e não sabe como lidar com seu familiar.
Mais uma vez reforço que a participação em grupos auxilia nessa hora, orientando, trocando ideias, apoiando o cuidador para que ele cuide e viva bem com seu familiar.
*Hostilidade
Um ambiente onde frequentemente ocorrem agressões e ofensas entre seus membros.
Pode acontecer por parte da família e do paciente.
A hostilidade pode ser percebida no modo de falar, no tom de voz, gestos ou expressões faciais.
*Superenvolvimento Afetivo
O cuidador faz tudo para seu familiar, não encontra tempo para si mesmo e sempre fala para seu familiar que:
“faz tudo por ele, que ele é culpado pelo sofrimento da família, que ele não dá valor para nada, etc.”
Como você imagina que essa pessoa vai ficar?
Além de tudo que sente e vive, ainda carregar uma culpa maior ainda? O resultado são brigas, fugas de casa, agressividade…
Como ajudar uma família que vive com um alto nível de emoção expressa?
Essa família precisará de orientação e tratamento, pois suas emoções demonstram que seus membros estão se relacionando de maneira incorreta e prejudicial ao tratamento do seu familiar, bem como estão mais suscetíveis a adoecer, física e psicologicamente.
A resposta virá como sintomas e doenças, tais como:
- depressão,
- ansiedade,
- agressividade,
- problemas cardíacos,
- estresse,
- irritabilidade,
- impulsividade,
- problemas com peso,
- alterações de humor, entre outras.
Através de terapia familiar, da participação em grupo de Psicoeducação voltado para familiares, a família passará a entender o que está acontecendo em seu lar, o que está sendo feito errado e como podem melhorar, visando a estabilização do seu familiar e o bem estar de todos membros familiares.
Daniela
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Daniela da Silva – Psicóloga com Orientação Psicanalítica (CRP 07/23218). Atua nas cidades de Cachoeirinha e Gravataí/RS, como Psicóloga Clínica e também palestrante.
Atendimento direcionado para familiares de pessoas que tem esquizofrenia; relações familiares- pais e filhos.
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