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O Que os Animais Dos Contos de Fadas Têm a Nos Ensinar?

os Animais Dos Contos de Fadas

os Animais Dos Contos de Fadas

“O mundo humano é uma bagunça”

Sebastião

(A Pequena Sereia)

Os contos de fadas são conhecidos por suas paisagens fabulosas e animais encantados.

E isso faz com que, muito de nós, atribua a esses enredos apenas as ideias de que são irreais e fruto de nossa imaginação.

Em um dos primeiros artigos aqui da coluna discorri a respeito disso (A nossa vida (não) é um conto de fadas?).

Embora essas histórias possuam algumas características comuns em sua estrutura, elas são muito mais do que simplesmente histórias para crianças.

Mas hoje não falaremos disso. os Animais Dos Contos de Fadas

Iremos nos ater neste artigo a uma dessas características dos contos de fadas:

A presença de animais falantes ou mágicos.

Primeiramente, antes de prosseguirmos, é interessante ter em mente que não encontraremos em todos os contos esse tipo de personagem.

Do mesmo modo que o nome “contos de fadas” não quer dizer que haverá a presença de fadas em todas as histórias. 

Lembre-se, é uma possibilidade, um caminho, uma escolha, porém, que nem sempre se fará presente.

A questão é que os animais dos contos de fadas têm um papel fundamental

Eles podem representar, por exemplo, algum aspecto instintual nosso.

Alguma característica que precisamos desenvolver, e que na Psicologia Analítica chamamos de função inferior.

Ou, ainda, eles (animais) estão ali para guiar o personagem principal em sua jornada.

O Coelho Branco em Alice no País das Maravilhas é um guia. os Animais Dos Contos de Fadas

O Grilo Falante em Pinóquio também guia o boneco de madeira, ao mesmo tempo em que representa a consciência do menino.

No conto da Cinderela os ratinhos a auxiliam.

Em João e Maria os irmãos são guiados por pássaros, dentre muitos outros exemplos.

Não só nos contos de fadas, mas na mitologia, lendas e fábulas os animais dão tom à história, chamando a atenção e não passando despercebidos.

Sabe aquele ditado: “Santo de casa não faz milagre”?

É mais ou menos isso que acontece com a presença dos animais nesses enredos.

Geralmente o herói ou heroína escutam esses personagens, isso porque eles despertam curiosidade e encantamento.

Será que a Chapeuzinho Vermelho teria parado para colher flores se, ao invés do Lobo, um adulto houvesse lhe sugerido isso?

Será que Alice teria chego ao País das Maravilhas se um ser humano passasse por ela dizendo que estava atrasado?

Será que o Rei teria acreditado nas histórias contadas pelo Gato de Botas se elas fossem relatadas por um homem usando botas?

Os personagens valorizam os animais fantásticos, justamente por reconhecerem, consciente ou inconscientemente, os ensinamentos que eles têm a transmitir.

Os animais dos contos de fadas são escutados!

Como mencionei acima, os animais são escutados!

O que nos leva a refletir que nem sempre, no nosso dia a dia, prestamos atenção ao que nos cerca, a esses animais simbólicos que estão nos apontando o caminho.

No volume IX/I de suas obras completas, Jung destaca que nos contos geralmente há a presença de animais prestativos.

“Estes comportam-se humanamente, falam língua humana e mostram uma sagacidade e um conhecimento superiores aos do homem” (JUNG, 2011, §421).

Por outro lado, Von Franz (2003, p.156) enfatiza a importância de seguirmos o que o animal está nos falando, pois,

“se formos contra eles estaremos perdidos. Isto significa que obedecer ao ser interior mais básico, o ser interior instintivo, é mais importante do que qualquer outra coisa”.

Os animais nos contos ainda nos ensinam que não devemos julgar pelas aparências.

Recomendo ler também: Quando o Vilão dos Contos de Fadas nos Cativa

Que não devemos julgar o livro somente pela capa.

Isto é, não devemos ignorar o que o animal mágico nos diz, por ele ser apenas um animal.

Pelo contrário, ao apreciar o que julgamos, de início, ser pequeno, sem valor, é que estamos, na verdade, apreciando, abraçando e integrando que há de mais belo e puro em nosso interior.

Estamos acolhendo os nossos opostos.

Segundo James Hillman (1997) os animais permitem com que estejamos mais conscientes de nós mesmos.

Na adaptação realizada pela Disney do conto A Pequena Sereia, o siri Sebastião diz a Ariel, a sereia, que o mundo humano é uma bagunça.

Contudo, ela não o escuta e opta por tornar-se humana mesmo que para isso perca a sua voz.

Ariel encontrou belezas no mundo humano.

Mas também se defrontou com o caos, e foi conhecendo o caos que ela conheceu parte de si mesma.

Da mesma maneira acontece conosco! os Animais Dos Contos de Fadas

Às vezes, não escutamos ou damos devida atenção ao óbvio a nossa frente, desviamos do caminho e nos perdemos.

No entanto, em algum momento reencontramos o caminho e retornamos. 

O retorno nunca é igual, é diferente, tem um gosto de empoderamento, de superação e esperança. os Animais Dos Contos de Fadas

E talvez esse seja um dos grandes ensinamentos não só dos animais nos contos de fadas, como também dos contos em si.

Um beijo e uma (re)descoberta,

Juliana. 

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Juliana Ruda – Psicóloga de Orientação Junguiana (CRP 08/18575).

Tem Especialização em Psicologia Analítica.

Atua na área clínica atendendo jovens e adultos.

Ministra cursos, palestras, workshops e grupos de estudos com temas relacionados à Psicologia, Psicologia Junguiana e Contos de Fadas.

É uma das colaboradoras da Comissão Temática de Psicologia Clínica do Conselho Regional de Psicologia do Paraná.

Além de eterna aventureira dos Contos de Fadas!

Contatos – E-mail: psicologa.julianaruda@gmail.com 

Facebook: https://www.facebook.com/PsicologaJulianaRuda/

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