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A Magia Dos Contos de Fadas no Setting Terapêutico

 Contos de Fadas no Setting Terapêutico

 contos de fadas no setting terapêutico Escrever as primeiras palavras de uma história tem algo de delicioso. 

Contos de Fadas no Setting Terapêutico Você nunca sabe aonde exatamente vão levar você

Miss Potter, 2006

Quando digo que utilizo os Contos de Fadas como instrumentos terapêuticos nos atendimentos clínicos geralmente me perguntam: “Então você atende crianças?”.

Ao receberem como resposta “não”, instantaneamente as pessoas ficam curiosas.

Provavelmente pensam: “Como assim você utiliza essas histórias que são para crianças e não trabalha com esse público?”. Contos de Fadas no Setting Terapêutico

Bom, se você tem acompanhado os artigos aqui da coluna deve se recordar que na sua origem esses enredos não eram destinados às crianças.

Com o passar do tempo, e das transformações culturais que vivenciamos, essas histórias começaram a ser denominadas como infantis, quando, na realidade, não são apenas isso. Contos de Fadas no Setting Terapêutico

Claro, os Contos são maravilhosos para trabalhar com crianças no campo da Psicologia Clínica, uma vez que proporcionam, por exemplo, um melhor desenvolvimento psíquico.

Mas quem disse que as histórias de fadas não podem ser utilizadas com os adultos?

Do mesmo modo que estimulam às crianças, os Contos de Fadas também estimulam os adultos, auxiliando no seu desenvolvimento, possibilitando uma visibilidade maior dos desafios enfrentados, percepções sobre si mesmo e o mundo, entre outros. Contos de Fadas no Setting Terapêutico

Ou seja, convida o adulto a se aventurar na busca por autoconhecimento!  Afinal, na abordagem da Psicologia Junguiana, os contos espelham a psique humana.

Leia Também: Por Que os Contos de Fadas Continuam Atuais?

Apesar disso, a curiosidade e até mesmo ceticismo continuam pairando na cabeça de muitos. De que maneira essas histórias podem ser introduzidas no setting terapêutico?

A resposta é muito simples: De diferentes formas! Tudo depende da demanda que o paciente traz, assim como, se ele demonstra abertura para esse trabalho simbólico.

É importante termos em mente o seguinte: Os Contos de Fadas são para todos e de todos, mas não será com todos os pacientes que iremos e poderemos relembrar e aprofundar esses enredosContos de Fadas no Setting Terapêutico

Em uma das palestras sobre Contos de Fadas que ministrei certa vez estava dentre os participantes uma moça que não “acreditava” nos Contos.

Para ela essas histórias não faziam sentido, não lhe tocavam a alma e, acima de tudo, “não existiam”.

Isso porque, na sua infância, seus pais e familiares não tiveram o hábito de lhe contar a respeito da Chapeuzinho Vermelho, dos Três Porquinhos, da Branca de Neve, João o Pé de Feijão, Cinderela, O Gênio da Lâmpada Mágica, O Patinho Feio e tantos outros contos que começamos a conhecer quando somos pequenos.

Trouxe esse exemplo para demonstrar que com essa moça talvez o trabalho psicoterapêutico com os Contos de Fadas não iria fluir ou, pelo contrário, a partir daí ela poderia se abrir a esse universo de histórias fantásticas.

Na Psicologia Junguiana preza-se muito não somente pelo simbólico, mas pela criatividade do psicólogo.

Sendo assim, os Contos podem ser utilizados e introduzidos na terapia de diversas formas: sugerir que o paciente assista um filme/desenho de determinado conto, orientar que ele pesquise algum conto ou o relate na sessão como se recorda dele, representar através de desenhos/imagens essa história, ler juntamente com o profissional aquele conto que tem relação com seu momento atual de vida e dialogar na terapia sobre os insights que surgiram a partir disso, entre outros.

Enfim, há infinitas possibilidades. Ou, utilizando outro conceito junguiano, muitas amplificações podem ser feitas. Contos de Fadas no Setting Terapêutico

Ampliar implica em aumentar, em apontar os mais variados caminhos, em abrir um leque de analogias e simbolismos, os quais terão sentidos e significados diferentes para cada paciente.

Por exemplo, é possível trabalhar um mesmo conto com pacientes diferentes, porém, os simbolismos e o sentir de cada um desses símbolos (imagens) não serão os mesmos, já que cada indivíduo tem um conto de vida particular com vivências únicas. Contos de Fadas no Setting Terapêutico

A analista junguiana Marie-Louise von Franz diz que a linguagem dos Contos de Fadas é uma linguagem que todos entendem, pois é a linguagem universal de toda a espécie humana, independente de idade, raça ou cultura.

É possível aproximar-se do paciente e de sua vida por meio dessas histórias, uma vez que os contos de fadas “são a expressão mais pura e mais simples dos processos psíquicos do inconsciente coletivo” (FRANZ, 2012. p.9).

Portanto, a magia dos Contos de Fadas no setting terapêutico é sempre um convite, o qual pode ou não ser aceito.

Ele será aceito no momento certo. Quando este chegar, a porta que leva ao mundo encantador dos Contos será aberta – e continuará aberta – proporcionando doces e belas (re)descobertas tanto para o paciente quanto para o psicólogo.

Um beijo e uma (re)descoberta,

Juliana. 

Leia Também: Quando o Vilão dos Contos de Fadas nos Cativa

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Juliana Ruda – Psicóloga de Orientação Junguiana (CRP 08/18575). Tem Especialização em Psicologia Analítica. Atua na área clínica atendendo jovens e adultos. Ministra cursos, palestras, workshops e grupos de estudos com temas relacionados à Psicologia, Psicologia Junguiana e Contos de Fadas. É uma das colaboradoras da Comissão Temática de Psicologia Clínica do Conselho Regional de Psicologia do Paraná. Além de eterna aventureira dos Contos de Fadas!

Contatos – E-mail: psicologa.julianaruda@gmail.com 

Facebook: https://www.facebook.com/PsicologaJulianaRuda/

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