fobia específica
O que é Fobia Específica?
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-IV-TR, cito o IV porque é o Manual que tenho em mãos, ainda vigente, embora já foi publicado há muito tempo, o DSM-V, a característica essencial para esse diagnóstico é:
“o medo acentuado e persistente de objetos ou situações claramente discerníveis e circunscritos.A exposição ao estímulo fóbico provoca, quase que invariavelmente, imediata resposta de ansiedade”.
Não raro, na clínica, atendemos pacientes que nos relatam fobias que os paralisam com um temor excessivo e irracional na presença ou previsão de um determinado objeto ou situação fóbica.
Como por exemplo: fobia específica
- medo de viajar de avião,
- medo de altura,
- medo de animais,
- medo de tomar injeção,
- medo de ver sangue,
- medo de insetos como baratas,
- medo de dirigir,
- medo de permanecer em locais fechados,
- medo de elevador,
- medo de atravessar pontes ou passarelas sobre avenidas movimentadas.
Esses medos interferem significativamente no dia a dia dessas pessoas. fobia específica
Uma vez que ao se esquivar dessas situações há um prejuízo ocupacional e social causando grande sofrimento psíquico.
Recomendo que você leia também: Tratamento Para Ansiedade: Como a Psicoterapia Pode te Ajudar?
Certa vez esteve em meu consultório uma jovem no início da segunda gravidez e relatou-me:
“Por causa de uma barata voadora perdi meu bebê. Levei tanto susto, tive um pânico tão grande que passei mal. Ainda completou: Você sabia que barata faz barulho? Eu escuto o som que elas emitem”.
Outra pessoa relatou-me o terrível medo de voar que a impedia de desfrutar de viagens maravilhosas com sua família.
Há poucos dias, uma jovem pediu-me para estar ao lado dela ao atravessar uma passarela que fica em cima de uma rodovia.
Afirmou-me sentir pânico e todos os dias alguém tem que fazer isso com ela e estava triste por isso, pois confidenciou-me:
“Não consigo fazer certas coisas sozinha, sempre necessito da presença de alguém”.
Ora veja, pediu ajuda a uma desconhecida como eu, naquele momento.
A ansiedade é sentida imediatamente ao ser confrontada com o estímulo fóbico e a pessoa reconhece o caráter excessivo e irracional da fobia, mas afirma:
é incontrolável!
Fobia específica:Baseado no referencial teórico da Terapia Cognitivo Comportamental procura-se investigar com o paciente seus pensamentos automáticos relacionados ao estímulo fóbico.
E quais as crenças disfuncionais que contribuem para a manutenção dessa fobia.
Procura-se levar o paciente a refletir sobre qual a probabilidade de ocorrer algo trágico, como prevê, relacionado a essa fobia.
E levá-lo a mudar a interpretação do fato de forma mais favorável. fobia específica
E promover pensamentos mais assertivos diante daquela situação específica.
O terapeuta verifica a conceituação cognitiva com o paciente em pontos estratégicos para assegurar a sua precisão.
fobia específica Com o objetivo claro de ajudar o paciente a entender a si mesmo e as suas dificuldades.
Outra técnica bastante eficaz, consiste na dessensibilização sistemática, da terapia comportamental.
Procura-se levar o paciente gradativamente ao contato com o objeto fóbico ou à situação evitativa, sob controle no setting terapêutico.
Após ter trabalhado com o paciente todo o processo de fortalecimento e segurança subjetiva às suas crenças distorcidas.
Normalmente, o paciente tem forte resistência a enfrentar essa situação aflitiva.
Mas todo o processo respeita o momento do paciente e o tempo necessário para que ele consiga ressignificar os seus medos e receios.
Por isso já se diz: a demanda é do paciente, o tempo é dele!
Até o próximo artigo!
Rosânia Guimarães
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Rosânia de Fátima Guimarães Coaracy Muniz, psicóloga CRP 01/11302.
Atua na clínica atendendo crianças, adolescentes e adultos e faz avaliação neuropsicológica em Brasília/DF.
Contatos: email: rosania1.muniz@gmail.com
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