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Dislexia: Conheça Suas Causas, Sintomas e Tratamentos

8 de Outubro é o dia Mundial da Dislexia, um transtorno que você deve conhecer ao menos de “ouvir falar”, mas que é real e muitas vezes demora para ser percebido, sendo até confundido com preguiça, desinteresse, falta de atenção ou falta de capricho.

A Dislexia é um transtorno da aprendizagem, e no CID-10 está dentro do F-81, Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares.

E no DSM-V como um Transtorno específico da aprendizagem.

Esses transtornos tem o apelido de “Dis”, pois iniciam especificamente com este prefixo, mas para ficar claro são eles as DISlexia, DIScalculia, DISortografia e DISgrafia, dentre estes a dislexia é o mais recorrente, podendo ocorrer sozinho ou em conjunto com outros transtornos da mesma família ou, por exemplo, com o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

É um transtorno neurobiológico de herança genética e com maior incidência no sexo masculino que causa uma limitação no desenvolvimento da leitura e escrita da pessoa afetada.

É necessário sempre verificar no caso de suspeita de Dislexia se o pai ou a mãe, ou outros membros da família não possuem o mesmo transtorno, mesmo que não diagnosticado.

Também é necessário compreender que assim como outros transtornos a Dislexia pode se apresentar em graus de intensidade diferentes em cada pessoa.

A Dislexia também pode ter causas ambientais, porém de maneira alguma acontece se não houver a predisposição genética.

Algumas das causas ambientais são:

  • prematuridade
  • baixo peso ao nascer
  • anóxia neonatal (normalmente acontece quando a criança demora ao chorar quando nasce)
  • e processos epilépticos.

Algumas das características básicas são a dificuldade de decodificar visual e auditivamente as letras, a pessoa tem dificuldade em unir o som das letras com sua representação gráfica, isso causa grande dificuldade na compreensão do que é lido, pois a pessoa faz trocas.

Na dislexia temos quatro desordens comumente observadas, sendo elas:

O Déficit Fonológico de Comunicação Oral, que é a dificuldade em fazer articulação do som das letras, fazer inversão das letras, demora ao aprender a falar e quando falam fazem errado até 5 ou 6 anos.

Problemas Visuoespaciais tem dificuldade no brincar e em atividades motoras devido à dificuldade de fazer correlações visuoespaciais, não conseguem explorar o espaço, confundem, perto/longe, pra lá/pra cá, confundem encaixes de atividades motoras, tem dificuldades de brincar com quebra-cabeça

Déficit de Nomeação rápida, ou seja demora para nomear as coisas, fazer link de uma palavra com determinado contexto, saber usar uma palavra de forma adequada.

Déficit de memória Operacional, dificuldade em trazer as informações que estão em sua memória no momento de cumprir uma determinada atividade.

Pessoas com dislexias apresentam predominantemente o que chamamos de distúrbio do processamento fonológico, que traz uma dificuldade em traduzir palavras, problemas para formar palavras, fazer manipulação de sons dentro de uma palavra, dificuldade em representar mentalmente as palavras e seus sons e déficit de soletração.

Uma criança em idade de alfabetização muitas vezes pode começar a demonstrar dificuldade nessa fase devido aos prejuízos citados acima, por conta destas condições a criança costuma demorar mais no processo de aprendizagem.

Hoje, já há alguns estudos apontando para a possibilidade de detectarmos a dislexia em crianças pré-escolares, já que se acredita que os primeiros sinais acontecem muito antes da criança ingressar na escola.

Se realmente isso for comprovado teremos um grande ganho, pois poderemos iniciar processos de intervenção precoce, buscando minimizar cada vez mais o impacto deste transtorno na vida das pessoas acometidas por ele.

Mas, quem devo buscar em caso de suspeita de dislexia?

Dislexia

Bom, como sempre digo aqui no blog, o melhor é contar com um diagnóstico multidisciplinar, o que inclui médico neuropediatra, fonoaudiologista, psicopedagogo e neuropsicólogo, pois com a avaliação destes quatro profissionais podemos descartar ou considerar outras possibilidades, como não ser um caso de dislexia ou ter uma comorbidade, ou seja um outro transtorno junto com a dislexia.

É necessário que os profissionais que irão fazer essa investigação tenham bons conhecimentos sobre os transtornos de aprendizagem, pois o quadro de dislexia pode facilmente ser confundido com outras condições, pois a avaliação deve ser cautelosa quanto ao funcionamento e as áreas do cérebro afetadas.

Em exames de imagem, como eletroencefalograma, ressonância magnética, tomografias e outros não aparecem informações que nos levem a um diagnóstico de Dislexia.

Caso solicitados pelo médico somente servem como diagnóstico diferencial para descartar outras possibilidades que podem causar alterações iguais ou similares as da dislexia.

A participação da escola é de extrema importância neste momento, pois tanto durante o processo de avaliação quanto na intervenção a escola deve estar presente de forma ativa, pois o professor tem as melhores informações sobre o desempenho do aluno na escola, sobre sua escrita e também sobre sua expressão verbal.

Na intervenção a escola necessitará dar o suporte para que o aluno supere o problema em conjunto com a psicopedagoga que buscará estratégias tanto no consultório quando em sala de aula para o melhor desenvolvimento do aluno.

Em setembro tivemos o mês de prevenção do suicido e infelizmente pouco se fala sobre isso quando abordamos temas como transtornos de aprendizagem, porém é de extrema importância olharmos para essa questão com mais cautela, pois devido à baixa autoestima, o sentimento de frustração e de inadequação comumente presente nas pessoas com dislexia, eleva os índices de suicido nessa população.

Por isso, é indispensável que a pessoa que tem dislexia busque psicoterapia, visando trabalhar as questões emocionas afetadas pela sua dificuldade.

Para encerrar gostaria de deixar aqui uma indicação de filme, “Como Estrelas na Terra”, conta a história de um garotinho indiano que tem dificuldades de aprendizagem e ninguém percebe o que é, até que um dia seu novo professor começa a prestar atenção em seu comportamento e também nos pontos em que tem dificuldade e acaba se identificando com ele, pois o mesmo também tem dislexia, bom não vou contar tudo, não é mesmo?

Afinal quem se interessou pelo tema com certeza vai buscar o filme para compreender melhor como é possivelmente a vida de um disléxico.

Recomendo que você leia também: Como é Feita a Avaliação Neuropsicológica Infantil? Veja Aqui!

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Andrea Luccas é psicóloga clínica e especialista em neuropsicologia, sua grande paixão.

O foco do seu trabalho é a avaliação e reabilitação de pacientes de todas as faixas etárias, desde crianças de 2 anos e meio até idosos de 89 anos.

Além do trabalho na clínica, desenvolve palestras, workshops, cursos e rodas de conversa sobre os mais variados temas ligados à neuropsicologia.

Contato: (11) 985993281 (WhatsApp)

E-mail: contato@psicoandrealuccas.com.br

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