Diante da Esquizofrenia
Diante da esquizofrenia.
O que será que os cuidadores/familiares sentem, pensam sobre seu familiar que tem esquizofrenia?
Uma mistura de sentimentos, confusão dentro de si, coração apertado e dividido. Cabeça a mil por hora!
A vida dos cuidadores de pessoas com esquizofrenia realmente não é fácil, eternos altos e baixos.
E o que será que se passa na cabeça destes familiares? Diante da Esquizofrenia
Os quais vivenciam sentimentos diversos e variados, um misto de emoções e dúvidas enormes que lhes consomem.
Já falamos sobre as Emoções Expressas (EE), o quanto elas afetam os familiares e o meio em que vivem e hoje falaremos melhor sobre estes sentimentos dos cuidadores diante da esquizofrenia e de seu familiar.
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Pois bem, a partir do surgimento do transtorno mental, os cuidadores passam a vivenciar um intenso sofrimento psíquico.
Este sofrimento é decorrente das responsabilidades e os cuidados que aumentam com o familiar, das crises que acontecem, da falta de apoio, do medo do futuro, entre tantos outros motivos.
Alguns dos sentimentos presentes nos cuidadores de quem tem esquizofrenia são: Diante da Esquizofrenia
- Angústia;
- Vergonha;
- Pena;
- Sentimentos de fracasso;
- Culpa;
- Dúvidas;
- Fragilidade;
- Frustação;
- Desespero;
- Vontade de morrer;
- Medo;
- Piedade;
- Proteção;
- Impotência;
- Tristeza;
- Vazio inexplicável;
São muitos sentimentos, não é mesmo? E como falei no início, os mais variados, pois tem o lado do amor mas também o lado da raiva, e da culpa.
E você pode me perguntar: estes sentimentos são normais?
Diante da Esquizofrenia Sim, são normais, principalmente quando não se aceitou a esquizofrenia e não se entendeu o que é esquizofrenia.
As mães, as quais geralmente são as principais cuidadoras, se culpam pelo transtorno, acreditam que seu familiar tem esquizofrenia por sua causa, por algo errado que fizeram ou deixaram de fazer.
Com o tempo, descobrem que não são as responsáveis pelo transtorno e essa culpa diminui.
Diminui, mas não some, pois elas volta e meia se questionam se realmente não tem culpa.
Com o passar os anos, o medo e a incerteza do futuro assombram estes cuidadores.
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Como será o futuro do meu familiar? Quem vai o cuidar quando eu partir? Sentem-se impotentes por não poder “tirar” o transtorno do seu familiar.
Vergonha, desespero, vontade de morrer, são sentimentos comuns. Como vou dizer que meu familiar tem esquizofrenia? O que vão pensar?
E o desespero toma conta nas crises e na hora da insegurança.
Tristeza, dúvidas, angústia e fracasso são outros sentimentos que os cuidadores experienciam. Por que comigo? Por que com ele(a)? Será que fui um fracasso como mãe?
Os sentimentos de proteção, piedade e pena dos cuidadores surgem por verem seu ente querido muitas vezes em surto e saberem que não tem cura.
Ver o que passam e sofrem, os faz sofrer também.
Por isso, muitos cuidadores se sobrecarregam e até adoecem, tamanha carga emocional que vivenciam.
E se não tem o conhecimento do transtorno, de como lidar com seu familiar, esta sobrecarga é pior e mais forte.
Claro que ninguém é de ferro! Vão surgir sentimentos como os que citei em vários momentos.
Vão ter raiva, se culpar, culpar Deus! Em outros momentos, virão sentimentos de pena, piedade e o tal vazio inexplicável vai voltar diversas vezes. E tudo bem!
Diante da Esquizofrenia Sendo assim, o importante é que os cuidadores busquem apoio e orientação profissional para aprender a lidar com esta vasta gama de emoções.
Que participem de grupos de psicoeducação, para aprender sobre o transtorno, aprender estratégias para lidar com seu familiar e formas de viverem melhor.
E que se cuidem também, tenham um tempo pra si, pois como vimos não é pouca coisa não!
Cuidador: não se culpe tanto, levante a cabeça e viva o agora! Aproveite os bons momento com seu familiar! Não desista de vocês e de serem felizes!
Daniela
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Daniela da Silva – Psicóloga com Orientação Psicanalítica (CRP 07/23218). Atua nas cidades de Cachoeirinha e Gravataí/RS, como Psicóloga Clínica e também palestrante.
Atendimento direcionado para familiares de pessoas que tem esquizofrenia; relações familiares- pais e filhos.
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