Depressão Pós Parto
A chegada de um filho normalmente é permeada de sonhos e idealizações, e durante 9 meses os pais e familiares se preparam para o nascimento daquele filho tão esperado.
Sendo que a preparação emocional e psicológica no período gestacional e para o pós-parto (período de grande vulnerabilidade) são de grande valia para a mulher, principalmente.
As mudanças acarretadas pela gestação são inúmeras e envolvem aspectos biológicos, sociais, econômicos e corporais que influenciam as condições psíquicas e emocionais da mulher.
Ela experimenta a transformação em seu próprio corpo, os ganhos de peso, e quando a gestação já está um pouco mais avançada, outros incômodos começam a surgir, tais como: Depressão Pós Parto
- A dificuldade para dormir,
- Respirar,
- O esforço e desgaste físico envolvido em atividades simples,
- E as dores espalhadas pelo corpo devido ao peso carregado na barriga,
- Muitas dúvidas começam a surgir sobre o momento do parto,
Com isso, a ansiedade sobre o pós-parto e cuidados perinatais começam a tomar um espaço maior em suas emoções. Depressão Pós Parto
Depressão Pós Parto A maneira como a gestante lida com estas dificuldades e mudanças refletem intensamente na maneira como se constitui a sua maternidade e em sua relação com o bebê.
A depressão pós parto influencia diretamente na relação com o bebê!O processo materno se inicia antes mesmo da descoberta da gestação e envolve aspectos das experiências da infância e adolescência, da sua relação com sua mãe e pai, o desejo de ser ou não mãe e gerar uma vida, além das crenças culturais sobre os papéis e funções sociais da mulher.
A gravidez traz para a mulher a necessidade de reestruturação de seus papéis e relacionamentos (inclusive o conjugal).
Reestruturação de sua rotina, das responsabilidades que emergiram com o nascimento do bebê e envolvidas no cuidado.
E dedicação quase que exclusiva, o que acaba gerando aumento do cansaço físico e mental, e também o isolamento social, além do ajuste econômico, profissional.
No que se refere ao contexto psicológico, a mulher experimenta algumas oscilações em seu estado de humor, podendo apresentar níveis mais rebaixados por certos períodos de tempo.
E situações, levando-a ao choro, preocupações exacerbadas sobre os cuidados com o bebê e os preparativos e aumento da sensibilidade emocional diante de circunstâncias corriqueiras.
Em outras situações, o humor pode estar mais elevado, fazendo com que se sinta mais confiante e determinada, com autoestima e auto percepção melhoradas. Depressão Pós Parto
Este período gestacional, por ser marcado por mudanças internas e externas, sendo a maioria delas involuntárias. Depressão Pós Parto
Essas mudanças tornam a mulher mais susceptível ao desenvolvimento de crises emocionas, podendo ser fonte desencadeadora de distúrbios psicológicos, o que torna muito importante o acompanhamento e apoio social e familiar.
Logo após o nascimento do bebê, novamente ocorrem novas mudanças externas e internas, no que diz respeito ao aumento na produção de alguns hormônios, como a prolactina e a ocitocina, por exemplo. Depressão Pós Parto
E a diminuição de outros (estrogênio e progesterona), que ajudam a manter a gestação e tem um papel importante em outros sistemas de produção de neurotransmissores que estão envolvidos na regulação do humor (serotonina, por exemplo).
Novamente a auto percepção passa por uma alteração no que diz respeito a si mesma, ao seu papel como mãe e cuidadora, e também sobre sua própria capacidade de gerenciar tudo isso.
Depressão Pós Parto O puerpério ou pós-parto é a fase em que a mulher se encontra mais vulnerável e sensível ao surgimento de transtornos psicológicos.
Os transtornos psicológicos e psiquiátricos relacionados ao puerpério aparecem na literatura desde os séculos passados.
E a compreensão dos estudos vão desde as alterações fisiológicas envolvidas neste processo e que influenciam o humor materno, assim como os aspectos psicológicos e sociais presentes nesta relação.
As bruscas modificações hormonais podem causar uma sensação de tristeza e melancolia poucas horas ou nos primeiros dias após o parto, mantendo-se e remindo-se naturalmente sem que seja necessária intervenção médica ou medicamentosa.
Este é o chamado “Baby Blues”, mas que algumas vezes chega a ser confundido com a Depressão, apesar de sua sintomatologia breve. Depressão Pós Parto
O transtorno de humor Depressivo no pós-parto (DPP) ou Depressão Maior no Pós-parto, por sua vez, é uma condição mais agravada da tristeza e melancolia, requerendo bastante atenção e cuidados redobrados, podendo surgir os sintomas de quatro semanas há um ano após o parto.
Os principais sintomas que se apresentam neste período são: Depressão Pós Parto
- O humor deprimido,
- Diminuição ou perda de prazer e interesse nas atividades que antes eram realizadas,
- Ganho ou perda de peso,
- Alterações do apetite e do sono,
- Agitação ou retardo psicomotor,
- Fadiga,
- Sensação de inutilidade ou culpa,
- E diminuição das capacidades cognitivas e nas tomadas de decisões, podendo ainda apresentar ideações suicidas.
Alguns fatores de risco associados ao quadro de DPP, citados por CANTILINO, Amaury et. Al. (2010) incluem: Depressão Pós Parto
- Histórico pessoal e familiar de depressão episódio depressivo ou ansioso na gestação,
- Estímulos estressores na vida,
- Baixo apoio social,
- Problemas financeiros e conflitos conjugais,
- Personalidade,
- Padrões de pensamentos desadaptados (negativos),
- Baixa autoestima,
- Complicações gestacionais e durante o parto,
- Parto prematuro,
- Fatores culturais,
- História de abuso sexual ou de relação conflituosa com a mãe
- E gravidez não desejada.
A DPP compromete não somente a mãe, mas principalmente o bebê que necessita e depende de cuidados com sua higiene, amamentação e afeto.
Depressão Pós Parto Repercutindo diretamente no desenvolvimento da relação mãe-bebê, assim como em seu relacionamento conjugal e familiar.
Depressão pós parto repercute em todas as áreas da vida da mulher!Quando me refiro a relação mãe-bebê, quero dizer que a mãe passa menos tempo interagindo e em contato visual e físico ou falando com seu filho, podendo muitas vezes abandonar a amamentação antes do tempo recomendado pelo Ministério da Saúde que é o aleitamento materno exclusivo até os 6 (seis) meses de vida, para um melhor desenvolvimento físico e emocional.
É muito importante que ao serem detectados os sintomas da DPP na mulher em fase de puerpério, um acompanhamento médico e psicológico seja iniciado, para que se busquem a melhor forma de tratamento e redução dos sintomas apresentados, visando o reequilíbrio emocional e psicológico da mãe e a melhora da relação com o bebê. Depressão Pós Parto
Estudos apontam que a Psicoterapia Cognitiva-Comportamental associado ao acompanhamento médico e medicamentoso (se houver indicação e avaliado o menor risco para o bebê, pelo médico), favorecem a diminuição dos sintomas e também demonstram bons resultados relacionados a prevenção da DPP.
Recomendo que você leia também: Depressão: Entenda os Aspectos Gerais Do Transtorno Depressivo!
Cuide-se!
Com carinho,
Gracy Ramos S. Nakakura
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Gracy Ramos da S. Nakakura | CRP 01/17360.
Psicóloga Clínica, palestrante, atua com atendimento infantil, de adultos e idosos, com base na Terapia Cognitivo-Comportamental e atendimento Psicopedagógico.
Realiza acompanhamento e Orientação para Pais e Educadores.
Avaliação psicológica e para Cirurgia Bariátrica (pré e pós-operatório).
Já atuou com grupo de pré-adoção em parceria com a 1ª VIJ/DF e com grupo de pais agressores em cumprimento de medidas alternativas pelo MPDFT/TJDF em Samambaia/DF.
Idealizadora do Projeto Conversações Psi – www.facebook.com/conversacoespsi
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