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Consumismo: O Que Nos Leva a Consumir Desenfreadamente?

Consumismo

Sobre o consumismo

Muito se tem falado sobre como a nossa sociedade é cada vez mais consumista. E que consumimos muito mais do que precisamos.

É provável que isso seja verdade. Mas não acho que o maior problema esteja aí.

Ao meu ver, o problema principal está em outras partes: a prioridade do que se consome (coisas importantes sendo deixadas para trás em prol de coisas “da moda”); e na pretensão de que os bens consumidos irão trazer algum tipo de sentido para a vida de quem compra, ou irão aplacar alguma angústia ou ansiedade.

Em resumo, “resolver” a vida da pessoa. Preencher algum vazio existencial. Consumismo

Aliás, essa é a ilusão que a propaganda tenta passar, muitas vezes: que sua vida será perfeita se você adquirir o produto “x”.

E assim, os objetos tão bem anunciados são idealizados como sendo “aquilo que falta, aquilo que preciso em minha vida”.

Os anunciantes não se embaraçam em afirmar: “Este produto é tudo o que faltava em sua vida”. Adquire-se; é bom (ou não) ter o produto, e nada muda. No dia seguinte, ou no mês seguinte, nem lembramos mais dele, muitas vezes. 

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Olhando um pouco a história, vemos que um dos momentos mais marcantes para o consumismo crescente foi o final do século XIX, quando as lojas passaram a colocar vitrines viradas para a rua, e a colocar manequins utilizando os produtos.

Até então, para ter acesso a um produto, a pessoa entrava numa espécie de “casa”, pedia o que queria, e recebia. Consumismo

Depois disso, a pessoa já era atiçada com o produto na sua cara, mesmo que estivesse na rua pra ir ao trabalho, ou ao médico. Lá estava o produto na vitrine, chamando a atenção.

Mais recentemente, nos anos 80, as propagandas pararam de dizer o quão bons os produtos eram, para o quão bem você vai se sentir; o quanto sua vida será melhor, o quanto você vai ser uma pessoa mais feliz se adquirir esse produto.

Marx também falava sobre isso, quando escreveu sobre o “fetichismo da mercadoria”. É a questão da inversão de valores: antes, o valor representava o produto que podia adquirir. Depois, o produto que adquirimos passou a representar o dinheiro que ele custa. Passou a ser símbolo de status, de poder.

Vemos de forma bem clara esse fetichismo em diversos produtos em nossa sociedade, como carros, por exemplo.

Muitas vezes, são tratados como filhos (ou até com mais cuidado e atenção do que os filhos), são tópico de conversação, tem fãs, são objetos quase de culto. Uma propaganda de postos de gasolina diz: “Apaixonados por carros, como todo brasileiro”. O quê?!?

O mesmo vale para smartphones. Se a Apple ou a Samsung lança um novo produto top de linha, as filas para comprar ultrapassam quarteirões (mesmo com os preços incrivelmente altos, e a suposta “crise”).

As pessoas usam camisa dos produtos, fazem páginas e comunidades nas redes sociais. Defendem seu produto com unhas e dentes, e na força física, se necessário. Consumismo

Por conta do consumismo algumas pessoas até brigam defendendo seus produtos favoritos!

Outro ponto das últimas décadas que favorece essa febre do consumismo: para o capitalismo funcionar, é necessário que as pessoas consumam, comprem (o famoso mercado consumidor).

Só que, com o acúmulo de renda em cada vez menos mãos, foi ficando mais difícil para a população consumir, o que colocava em risco todo o funcionamento do sistema.

Com isso, criaram-se inúmeras facilidades para o consumo; parcelamento a perder de vista, tanto pela loja quanto pelo cartão de crédito; cheque especial no banco; empréstimos facilitados, etc.

Isso permitiu que a população continuasse comprando, mesmo sem dinheiro, o que gerava enormes dívidas, por um lado, e enormes calotes, por outro (vide crise americana de 2007).

Enfim; a sedução de toda a máquina de propaganda e marketing, aumentada com a incrível oferta de produtos o tempo inteiro (nas vitrines, shoppings, meios de comunicação em geral, internet, etc.) e as facilidades de pagamento conseguem gerar uma enorme onda de consumo.

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Some-se a isso, pessoas querendo mudar algo em suas vidas, que consideram maçantes com suas 8 horas de trabalho que muitas vezes não gostam (mais 2 horas pra ir e voltar do trabalho)… e tem-se um campo fértil para o consumo desenfreado. Consumismo

Como sempre, a saída para não cairmos nessa arapuca passa pela questão do balanço, do equilíbrio. Termos calma, e pensarmos se realmente necessitamos daquilo que pensamos em comprar. Se realmente nos será útil, ou se queremos compensar alguma outra coisa com ele.

Arthur Engel

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ArthurArthur Gustavo Muniz Engel é Psicólogo (CRP: 05/32234) e psicanalista, pós-graduado em “Psicanálise e Laço Social”. Atua nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói, além de fazer atendimentos on-line. É também palestrante, supervisor clínico, orientador de grupos de estudo e consultor para jovens psicólogos.

Email: arthur@lacosocial.com.br
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