A Comunicação Não-Violenta
Comunicação Não-Violenta.
Palavras agressivas, brigas, julgamentos e até conselhos; todos esses comportamentos interferem negativamente na comunicação.
Eles utilizam da violência de uma visão de superioridade, inferindo que algumas pessoas são melhores que as outras.
E até os conselhos, que aparentemente são dados com o intuito de trazer uma solução, na verdade apenas mostram que não há o interesse de escutar a dor do outro.
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Assim, a dor tem que passar logo, ou ser arrancada de forma cruel.
“Ah! Parte pra outra! Ele não te merece!” Comunicação Não-Violenta
Neste tipo de relação as pessoas são pouco observadas e há pouca conexão, vínculo.
Ao falar sobre algum assunto, muitos não se atentam para o outro, para o seu olhar, seus gestos, e já ficam especulando as respostas que eles podem dar.
O interesse, neste caso, é de ser o dono da razão, é de ganhar uma discussão, é de mostrar-se superior e ser o dono do conhecimento. Comunicação Não-Violenta
Comunicação Não-Violenta E no momento em que não há uma comunicação verdadeira, uma escuta empática e um olhar atento, não há também uma relação saudável.
Marshall Rosenberg, psicólogo americano, considera este tipo de comunicação como violenta.
Quando criança, ele se mudou com a sua família para Detroit, um bairro que era considerado muito violento e que havia vários conflitos raciais.
Ocorriam muitas mortes e, durante uma época, ele e sua família precisaram ficar dias trancados dentro de casa.
Ele também sofria violência física na escola porque alguns alunos suspeitavam que ele era judeu.
E desde essa época, Marshall observava a atitude compassiva das pessoas.
Ao notar questões como a que ocorreu ele e com outras pessoas, ele se perguntava o que desliga os outros de sua natureza compassiva, e o que faz com que muitos permaneçam dessa forma mesmo em situações penosas.
Era o caso de Etty Hillesum, que passou por momentos humilhantes no campo de concentração alemão e mesmo assim continuou com seu estado de compaixão.
Através dessa investigação ele conseguiu analisar o papel das palavras na linguagem.
“…identifiquei uma abordagem específica da comunicação – falar e ouvir – que nos leva a nos entregarmos de coração, ligando-nos a nós mesmos e aos outros de maneira tal que permite que nossa compaixão natural floresça. Denomino essa abordagem Comunicação Não-Violenta, usando o termo ‘não-violência’ na mesma acepção que lhe atribuía Gandhi – referindo-se ao nosso estado compassivo natural quando a violência houver se afastado do coração.”
Marshall Rosenberg.
“A não-violência significa permitirmos que venha à tona aquilo que existe de positivo em nós e que sejamos dominados pelo amor, respeito, compreensão, gratidão, compaixão e preocupação com os outros, em vez de sermos pelas atitudes egocêntricas, egoístas, gananciosas, odientas, preconceituosas e agressivas, que costumam dominar nosso pensamento.”
Arun Gandiii
Tenho achado magnífico conhecer e estudar um pouco mais sobre a Comunicação Não-Violenta (CNV).
Ela também proporciona o autoconhecimento, um olhar e uma escuta empática para o outro.
Comunicação Não-Violenta E me faz acreditar em mudanças, em menos julgamentos moralistas, em querer atender as necessidades alheias, em melhorias nas relações entre familiares, colegas de trabalho, e até grupos que vivem em conflitos de guerra.
Não é fácil se comunicar de forma não-violenta, afinal desde crianças as pessoas aprendem a se relacionarem como nos casos que citei no início do texto.
Elas aprendem que se emitirem um determinado comportamento são consideradas boas ou más.
Assim, já existe um julgamento, que torna as relações impetuosas.
Porém, se esforçando um pouco mais e acreditando que a gente é a base para essa mudança, vai ser prazeroso perceber o quanto vale à pena se empenhar para manter esse tipo de comunicação.
Tamires Mascarenhas
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Tamires Mascarenhas, CRP 01/16414, Psicóloga Clínica.
Atendimento voluntário a pessoas vítimas de violência, a adolescentes, adultos e grupos.
Faz curso de Hipnose Ericksoniana pelo Instituto Milton Hyland Erickson (IMHE) de Brasília – DF.
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