Como Promover Autonomia e Independência Para as Mulheres
Como Promover Autonomia e Independência Para as Mulheres
Caro leitor (cara leitora), acredito que muitos de vocês já foram convidados e/ou participaram de festas de aniversário de crianças.
Com poucas exceções ao caso, é notório como boa parte dos temas de festas infantis para meninas remetem a figura de princesas.
Personagens com características delicadas e submissas ou, quando não há uma figura específica, ele é claramente ornamentado com objetos e temas “românticos”.
Antes de mais nada, não estou fazendo aqui nenhuma ataque aos aniversários de princesa.
Na verdade, quero apresentar apenas uma fatia da realidade que muitas meninas vivenciam.
É uma realidade repleta de símbolos, frases, condicionamentos e mensagens implícitas que incutem uma NATURALIDADE em associar o feminino à certa noção de desamparo e desvalia.
Estas meninas vão aprender que elas precisam adotar uma série de comportamentos e atitudes atrativos para um possível “cavaleiro” que a ampare e a proteja dos males do mundo.
Tudo é muito romântico, mas a realidade na vida adulta desta futura mulher não será digno de nenhum conto de fadas.
Como Promover Autonomia e Independência Para as MulheresPrecisamos incentivar a autonomia, independência.
E principalmente, o reconhecimento e aceitação de suas necessidades e emoções no universo psíquico das meninas.
Recomendo que leia também: Liberdade de Escolha: Homens e Mulheres São Educados Para Tê-la?
Aproveitando esta deixa, também não é saudável promover este modelo de “Mulher Maravilha” .
Hiperssexualizada, multitarefas e com um corpo esbelto que está presente no imaginário feminino.
Esta imagem é uma releitura moderna das imagens de aprincesamento da infância que contém o seguinte conteúdo:
Molde o seu comportamento conforme as regras sociais, de mercado e de beleza e tenha prioridade no atendimento das necessidades alheias.
Por trás desta capa de “Mulher Maravilha”, existe uma menina que precisa de proteção e ser aceita.
E para isso, adotará múltiplos papéis para ter amparo e aceitação social.
No entanto, o custo emocional e físico para manter esta princesa interna é muito alto.
Estudos apontam que as mulheres têm uma chance de 40% maior que os homens para desenvolver transtornos mentais.
A pretensão não é assustar, mas a sobrecarga e os múltiplos papéis cobram um preço caro para a saúde das mulheres.
Mas o que pode ser feito para reverter ou mesmo amenizar esta situação?
A saída para este tipo de realidade é promover relações igualitárias de gênero desde a infância.
A seguir listo quatro ações simples que contribuem para minimizar os estereótipos de gênero:
Independência e autonomia para as mulheres!#1 – Brincadeiras na escola e em casa: Como Promover Autonomia e Independência Para as Mulheres
Na escola e em casa, os professores e os pais devem encorajar meninos e meninas a serem líderes em grupos de brincadeiras.
E a falarem em público e realizar intervenções nos momentos em que meninas e meninos sejam preconceituosos.
#2 – Rodízio de atividades: Como Promover Autonomia e Independência Para as Mulheres
Na escola e em casa, pais e professores precisam realizar rodízio de atividades tais como:
os meninos aprendem a servir o outro em alguma atividade enquanto as meninas aprendem a consertar ou se envolvem em uma atividade com maior estimulação física.
#3 – Manifestação de afeto:
Os professores e pais precisam encorajar meninos e meninas na expressão de seus afetos relacionados aos colegas do mesmo sexo e do sexo oposto sem fazer uso de piadas maliciosas.
É preciso que as crianças entendam que estas manifestações não são erradas e por isso, não devem ser reprimidas.
Estas ações têm o potencial de enfraquecer as fronteiras entre feminilidade e masculinidade.
O que representa um grande passo para a derrocada de verdades indiscutíveis sobre os padrões tradicionais de gênero.
Bem como quebram regras, condutas e atitudes estereotipadas voltadas para meninas e meninos.
#4 – Descobrindo as mulheres nas ciências:
Os professores podem articular e desenvolver atividades em que os alunos possam conhecer cientistas mulheres que contribuíram para a biologia, a química, a matemática e outras áreas da ciência.
Esta atitude possibilita desconstruir o preconceito contra as mulheres nesta área.
Estas ações simples apresentam o potencial de desconstrução dos papéis estereotipados e impostos para homens e mulheres.
Além disso, cabe refletir neste momento:
quem não fica encantado com a habilidade de Marta no futebol ou mesmo a garra de Rafaela no judô nestas Olimpíadas?
Por outro lado, com a afirmação acima e outras reflexões pontuadas ao longo do texto, não quero diminuir, desconsiderar ou desprezar mulheres sensíveis, delicadas e com pouca afinidade para atividades ditas masculinas.
Isto não as torna um ser humano inferior! Como Promover Autonomia e Independência Para as Mulheres
E não quero enaltecer habilidades e competências, digamos, “ viris e masculinizantes”.
Mas demonstrar, com exemplos recentes, que o trânsito e a exploração de outras áreas que seriam PROIBIDAS para as mulheres em tempos nem tão remotos já constituem uma realidade em curso.
O meu objetivo é alertar que podemos oferecer, ampliar e PERMITIR, enquanto sistemas social e familiar, o experimentar.
Ou seja, deixar que meninos e meninas descubram a delícia de ser realmente o que se é.
Gratidão!
Karine
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Karine David Andrade Santos – Psicóloga CRP-19/2460 realiza atendimentos individuais para adultos e adolescentes em Aracaju/SE e orientação psicológica via Skype ).
Membro da Cativare (https://www.facebook.com/cativarepsi/).
Idealizadora do Projeto De Bem com Você em parceria com a psicóloga Eanes Moreira. (Informações via whatsapp (79)99922-8130)
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