as Relações
Felicidade! É inútil buscá-la em qualquer outro lugar que não seja no calor das relações humanas… Só um bom amigo pode levar-nos pela mão e nos libertar.
(Terra dos Homens – 1939)Antoine de Saint-Exupéry
Quando começamos uma relação de amizade, um novo trabalho, um namoro, um curso, uma faculdade ou qualquer nova possibilidade de interação é inevitável o frio na barriga, o frescor da novidade e os planos.
Ah! Estes últimos chegam a nos fazer sorrir sem motivos aparentes ou nos deixar nas nuvens, mas também traz várias perguntas do tipo como vai ser, o que vou fazer, o que vou viver.
Apenas um detalhe aqui: memorize o eu, a primeira pessoa mencionada aqui.
Vamos voltar nesse aspecto em outro momento.
Dentro de cada história, o ritmo como esta é construída é único, pois a afinação entre as partes envolvidas vai acontecendo gradativamente.
Em contra partida, também existem os momentos de desafinação e quando isso acontece é inevitável que uma sensação de quebra dos sonhos, dos planos e das ideias perfeitas apareçam.
São as temidas, porém inegáveis frustrações.
Quando elas acontecem, é hora de olhar com carinho e gentileza para a circunstância vivida, mas também para algo que existe antes da formação de qualquer par: a subjetividade.
as Relações Nomeamos assim a forma única que cada pessoa vai olhar, compreender e absorver o que se vive e o que acontece a sua volta.

Um exemplo: você realiza um projeto profissional pelo qual se apaixona, se dedica, se empenha.
O seu projeto perfeito, aquele que você desenhou perfeitamente em seus pensamentos.
Entretanto quando você o realiza, ele é compreendido de maneira diferente por outra pessoa, já que ela o recebe e o sente a partir do ponto de vista dela.
Esse pode ser um ponto de partida para uma grande desafinação na relação e adianto que são partes inevitáveis da vida humana.
Elas ajudam nos lembrar de que não somos bonecos fabricados em linhas de produção e vendidos em grandes escalas.
Cultivar e nutrir nossas relações requer empenho, zelo, desejo e escolha por estas e lidar com as diferenças que brotam faz parte do processo, já que elas podem ser resolvidas ou escondidas.
A primeira opção pode nos levar para novas possibilidades e aprendizagens, já a segunda é uma grande chance de se perder.
Esconder as dores provocadas pelas diferenças nos leva para armadilhas emocionais.
A quebra das perfeições nos faz caminhar para um luto do que um dia foi imaginado.
Se despedir delas é entristecedor, desanimador para alguns.
Contudo, vamos nos lembrar da primeira pessoa lá em cima, a do começo do texto: o eu.
Uma única pessoa projetou e fantasiou várias coisas para duas pessoas a partir do ponto de vista de uma, ou seja, uma idealizou e pensou em tudo sozinha, sem imaginar os desejos da outra parte.
Por estas situações as frustrações nos acontecem.
Mas e aí? Os sonhos e planos se foram. Desisto agora ou continuo?
A escolha em prosseguir ou desistir é o elemento que entrelaça as relações.

Inevitável não achar que fossem os sentimentos, porém, arrisco a dizer que eles não são suficientes.
Você pode desejar muito, gostar muito, contudo se a outra parte não escolher compor a relação, os sentimentos foram suficientes para concretizar o relacionamento?
Escolher prosseguir é tecer novos projetos e novos caminhos, sendo que alguns destes podem acontecer, outros não.
O importante é dialogar, pensar e sentir junto, o que afina e faz o ritmo ser mais harmonioso, e assim também traz mais elementos para as partes envolvidas.
A escolha aqui é uma via de mão dupla.
Escolher finalizar também leva para o novo, contudo sem a companhia ou parceria anterior.
É uma decisão pessoal e intransferível.
Não podemos deixar de nos relacionar e principalmente cuidar da forma como fazemos isso, são estes elementos que me motivam a estar aqui me relacionando com vocês através dos meus textos.
Tentar, errar, fracassar, recomeçar e experimentar são ações que nos impulsionam, que nos colocam em movimento.
‘‘Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante…’’
já nos disse Antoine de Saint-Exupéry no livro O Pequeno Príncipe.
Assim lhe pergunto: quanto você tem se dedicado às tuas rosas? as Relações
Recomendo que você leia também: Os Relacionamentos Nos Dias Atuais: Por Que Não Duram Mais?
Karina
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Karina Nuevo é Psicóloga (CRP 96.094) e Arteterapeuta (AATESP 329/0516). Atua na área clínica com crianças, adolescentes e adultos.
Ministra palestras e vivências em Arteterapia.
Apaixonada pelas imensas possibilidades que a Psicologia e a Arteterapia oferecem, acreditando sempre na saúde emocional e desenvolvimento do ser humano e de suas relações.
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