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Remédio e Álcool: Uma Mistura Perigosa Que Pode Levar a Óbito!

Remédio e álcool: uma mistura perigosa!

Em plena sexta-feira, todos do escritório estão ansiosos para tomar aquela geladinha depois do expediente.

Ops! Todos não, QUASE todos, já que, para Joãozinho, não faz diferença se é sexta, terça, quinta ou sábado.

Seus dias são sempre iguais, monótonos e depressivos. Remédio e Álcool

A sua rotina se resume a – trabalho-casa-casa-trabalho.

Quando não está trabalhando, está trancado no seu quarto, deitado na cama assistindo algum filme deprê e rodeado da companha da pizza, coca-cola, pipoca, MC Donald’s, barra de chocolate e, claro, o mais ilustre de todos: o rivotril.

Joãozinho encontra-se em um quadro de depressão profundo e não apresenta desejo de fazer absolutamente nada.

Seu relacionamento com as pessoas é bem limitado, vive ansioso, preocupado com as tarefas e encontra-se perdido em relação ao sentido de sua vida.

A única coisa que tem vontade – e muita!- é de chegar em casa, colocar pijama e dormir.

Remédio e Álcool Aliás, as doses generosas do rivotril tem adquirido uma função importante para ele: a de fugir da realidade.

Remédio e Álcool

Remédio e Álcool

Em uma sexta-feira, na saída de seu trabalho, os colegas da empresa chamaram Joãozinho para sair, porém, como sempre, ele recusou e inventou uma desculpa qualquer.

Até aí nada de diferente. Mas… Quando chegou em sua casa, bateu aquela angústia e ele lembrou do convite dos amigos e resolveu se arriscar!

Já na mesa do bar, Joãozinho sentia-se um ET: estranho, diferente e bizarro. Não demorou muito até os colegas começarem a pressioná-lo para beber.

Afinal, conseguir tirar Joãozinho de casa merece uma baita comemoração. Remédio e Álcool

Assim, após um curto período de insistência, ele resolveu experimentar, já que segundo ele: “Já estou no fundo do poço, daqui eu não passo” (Será?!).

Então, Joãozinho afogou as mágoas na cachaça. Ou melhor: na cachaça, na vodka, no vinho e na cerveja.

Tudo o que tinha direito. Ele ficou tão feliz com seus novos amiguinhos… Além dos remédios e alimentos, ele tornou-se best friend das bebidas alcoólicas.

No entanto, além de ser uma mistura muito louca, também é muito perigosa, pois, as consequências no organismo são graves e, em alguns casos, letais.

E assim o foi: Joãozinho passou mal e teve de ser levado para o hospital, onde ficou em coma. FIM!

É claro que a história acima é hipotética e exagerada intencionalmente, visto que a finalidade foi justamente essa: chamar a atenção para essa combinação arriscada entre álcool e remédios controlados. Remédio e Álcool

Remédio e Álcool Não raro, muitas pessoas fazem uso de psicofármacos e bebem, ou por não conhecerem os possíveis efeitos colaterais, ou por imprudência.

Remédio e Álcool

Remédio e Álcool

Nessa lógica, é necessário esclarecer que, tanto os medicamentos psiquiátricos, quanto a bebida alcoólica, funcionam através do metabolismo hepático, provocando, assim, uma sobrecarrega no fígado.

Para tanto, o álcool pode acelerar ou retardar o metabolismo do remédio, o que contribui para que ele não seja tão efetivo para a sua finalidade, o que já é um ponto negativo.

O organismo pode também criar resistência ao medicamento e precisar de uma dose cada vez maior para ter o mesmo efeito.

Concomitante a isso, a pessoa que não toma o remédio a fim de ingerir bebida alcoólica, aumenta as chances do efeito rebote – processo que os sintomas em tratamento retornam de forma mais intensa.

Outro fator relevante, é que os remédios da classe dos benzodiazepínicos fazem parte da categoria dos depressores do SNC, pois, retardam o número de sinapses e propiciam que a pessoa fique mais calma.

Dessa mesma forma ocorre com o álcool, que, embora em concentrações menores provoque euforia, em grandes quantidades, o álcool também tem efeito depressor. Remédio e Álcool

Logo, o desfecho dessa interação torna-se perigosa uma vez que ambas substâncias possuem ações farmacológicas similares e, nesse caso, o efeito depressor e /ou sedativo dos benzodiazepínicos é potencializado pelo etanol.

Remédio e Álcool Os riscos desse tipo de intoxicação vão desde a diminuição da coordenação muscular, fraqueza, fala arrastada, até casos de perda da consciência, depressão respiratória grave, coma e morte.

Remédio e Álcool

No caso daquele indivíduo que ingere álcool no meio de um tratamento psicofarmacológico, mesmo sabendo dos efeitos nocivos à saúde, acima de tudo, ele está sendo imprudente com ele mesmo.

Quem acompanha os meus textos já sabe que eu sempre priorizo a singularidade de cada sujeito e os motivos particulares que o leva a agir de tal forma.

Assim, voltando ao exemplo caricato do início, fica claro que Joãozinho sempre busca algo que preencha seu vazio emocional: nos alimentos, nos remédios e, por fim, na bebida alcoólica.

Ele faz uma parceria sintomática e coloca esses objetos em um lugar de substitutos do real objeto perdido – o que só o sujeito pode elaborar. Remédio e Álcool

Na prática isso se concretiza no fato de ele não precisar de mais nada que o complete quando está em casa, já que se sente muito confortável ao lado de suas “ilustres companhias”.

Dessa forma, quando algo nesse circuito falha e o psicofármaco não consegue mais assumir a função de uma espécie de bengala imaginária, o indivíduo resolve tentar algo diferente, porém, não consegue se relacionar com os outros diretamente.

Ele precisa de algo que faça uma ligação: a bebida alcoólica surge, então, como uma ponte que permite o laço social e sua aceitação no grupo.

Em vista disso, Joãozinho, naquele momento de euforia, tornou-se aquilo que ele sempre quis: ser forte, confiante e sociável.

Entretanto, quando o efeito da bebida acaba, sua rotina volta ao normal e as máscaras caem. O Ideal de Eu dá lugar a um ego frágil e inibido.

Remédio e Álcool O vazio interior reaparece juntamente com a angústia proveniente do encontro com aquilo que não tem palavras para descrever.

Nesses casos, é imprescindível a parceria entre o psicólogo e o psiquiatra, já que os sintomas físicos e psíquicos se entrelaçam a todo o instante.

Os profissionais têm de ser sensíveis aos sinais que o paciente dá, a fim de localizar na fala e no corpo aquilo que desencadeia as crises.

Em meio a um tratamento que é atravessado por empecilhos no meio do caminho, é necessário, portanto, paciência para entender que extinguir o sintoma é tarefa quase impossível e, justamente por isso, a proposta é fazer com que o sujeito saiba transformá-lo em algo um pouco mais digerível – o que também não é tarefa fácil.

Remédio e Álcool

Recomendo que você leia também: Psicofármacos: O Ser Humano Comprimido Em Um Comprimido.

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Fernanda Martins é psicóloga (CRP 04/45295), formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – campus Coração Eucarístico.

Bastante interessada pela temática sobre os psicofármacos, é idealizadora do projeto “Janela Psicológica”.

Sua proposta é tornar a psicologia acessível, rumo ao universo da mente humana por meio da janela – interna de cada um.

Atua na área clínica em Santo Antônio do Monte / MG e realiza atendimentos com crianças, jovens, adultos e idosos, além de desenvolver trabalho no âmbito da educação infantil na escola “Viver e Aprender”.

Quer conhecer mais sobre seu trabalho? Acesse e entre em contato:

Instagram / Facebook / YouTube: Janela Psicológica

Email: fernanda.martins.psicologa@gmail.com

Telefone: (037) 9 9937-6154

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