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Emma Swan e a Esperança no Seriado Once Upon a Time!

Emma Swan e a Esperança no Seriado Once Upon a Time

 “Acreditar que um final feliz seja possível

é uma coisa muito poderosa”
(Mary Margaret em Once Upon a Time)

  

Dentre os temas universais, presentes nos contos de fadas, está a esperança.

A esperança faz parte do nosso conto de vida.

Em vários momentos nos sentiremos esperançosos ou estaremos em busca de algo que nos dê esse conforto.

Nos contos nos deparamos, muitas vezes, com o conflito do herói frente à esperança: Persistir em seu objetivo, mesmo quando tudo parece dar errado, ou desistir?

Será esta, mera coincidência com situações que vivenciamos?

Coincidência ou não, em diversos momentos nos (re)encontramos em acontecimentos assim.

A personagem Emma Swan, do seriado americano Once Upon a Time, é um ótimo exemplo para clarificar essa temática da esperança.

Desde 2011, esse seriado tem conquistado o público com sua narrativa envolvente, abordando o mundo real e o mundo dos contos de fadas.

No artigo de hoje, iremos nos aventurar por alguns aspectos da trama, bem como características dessa personagem.

Vale lembrar que o conteúdo não será esgotado, uma vez que isso é impossível, pois se compreende que o simbólico é inesgotável.

Apenas (re)abriremos algumas portas de reflexões e questionamentos.

Muito se diz – e já compartilhei essa ideia em outros artigos aqui da coluna – que os contos de fadas são somente destinados ao público infantil, assim como são mera fantasia.

Bom, isso não é de todo verdade. Essas histórias retratam o ser humano e suas nuances, independente da idade e da cultura.

Como também mencionei em outros momentos, para a abordagem da Psicologia Analítica, os contos são o espelho da psique humana.

Esperança  Por vezes, pensamos que os contos retratam apenas eventos mágicos, finais felizes e a luta do bem contra o mal. Contudo, eles retratam muito mais que isso; eles espalham tanto as nossas dores como as nossas alegrias.

Esperança

Em Once Upon a Time os criadores do seriado tiveram uma excelente ideia ao abordar como seria a presença dos personagens dos contos de fadas no mundo real.

Aliás, o primeiro episódio inicia-se da seguinte forma:

“Havia uma floresta encantada com os personagens clássicos que conhecemos. Ou pensamos conhecer. Um dia eles se viram presos num lugar em que seu final feliz foi roubado. O nosso mundo.”

Durante as 6 temporadas os personagens da trama recebem vários chamados a diferentes aventuras, nesses chamados heroicos eles precisam passar por provas tantos pessoais e internas, quanto coletivas e externas.

E nessas jornadas a esperança se faz presente.

Esperança implica em confiar, confiar em si mesmo e nos outros. Esperança implica em acreditar, acreditar em si mesmo e nos outros. Esperança implica em ser, ser sincero, autêntico e verdadeiro consigo mesmo.

Na maioria dos contos há a presença de um herói ou de uma heroína, e, em dados momentos, esse herói ou essa heroína, tem que decidir por se privar de algo em prol de ajudar aqueles que ele(a) ama.

Em Once Upon a Time, isso também acontece.

Inicialmente conhecemos uma Emma descrente de si mesma e dos outros. Emma é prática, racional, lógica, independente.

Ou seja, seu Logos, assim como seu animus (aspectos masculinos na mulher) exala por todo o lugar.

Emma perdeu ou, até mesmo, escondeu e bloqueou a doçura pela vida.

Seu chamado à aventura para resgatar suas potencialidades, em especial, o seu fluir e a sua esperança pela vida, parte de Henry, seu filho de 11 anos.

A primeira temporada gira em torno de Emma voltar a (re)acreditar que ela pertence ao mundo dos contos de fadas e que o resgate dos finais felizes depende dela, a Salvadora.

Mas, para isso, ela precisa cultivar a magia, logo, a esperança.

Porém, como fazer isso quando se vive em um mundo que banaliza a magia?

Emma tem um trabalho árduo rumo a seu objetivo e, para isso, conta com o auxílio de personagens mediadores, como Henry (a expressão mais pura e genuína da esperança e da criança interior que existe em nós), Mary Margaret (Branca de Neve) e Archie (Grilo Falante), por exemplo.

Além disso, Emma necessita retirar o muro que construiu em volta de si para se proteger, de modo que possa dar lugar à esperança, ao amor e ao se permitir amar e ser amada.

Como seu sobrenome diz, ela é um belo Cisne (Swan), que, semelhante ao conto O Patinho Feio de Hans Christian Andersen, está em busca do seu lugar de pertencimento.

Emma é uma heroína, e, portanto, espelha cada um de nós nas fases da vida em que nos sentimos descrentes.

Esperança

Quantas e quantas vezes pensamos em desistir?

Quantas e quantas vezes nos tornamos céticos para algumas coisas?

Quantas e quantas vezes nos isolamos e construímos muros simbólicos a fim de nos proteger?

Para a autora Sandra Valenzuela (2016, p.58), “a maldição da Rainha Má afasta a felicidade, a alegria, o amor e a riqueza, e os personagens dos contos veem-se mergulhados numa rotina que os mantêm num estado de torpor”.

E o mesmo já não aconteceu ou está acontecendo conosco?

Da mesma maneira que os personagens dos contos de fadas se viram presos em outro mundo, com seus finais felizes roubados, nós também, por vezes, experienciamos isso, a busca pela felicidade “roubada” e o restabelecimento da magia, do acreditar, da esperança, em nossos contos de vida. 

De acordo com Marie-Louise von Franz em seu livro “O significado psicológico dos motivos de redenção nos contos de fada”: “[…] o que o herói faz é sempre uma surpresa” (FRANZ, 1980, p.24).

E Emma nos surpreende!

Quando, nós, telespectadores, já estamos sem esperança, acompanhamos quase sem fôlego a sua transformação rumo ao desabrochar da… esperança!

Por outro lado, Bonaventure (1992, p.20) coloca que “é possível chegarmos a descobrir “quem somos, de onde viemos e para onde vamos”, se tivermos coragem de começar a busca pelos nossos próprios meios.

E isso ninguém poderá fazer por nós.

E é isso que Emma faz, embora receba o auxílio de alguns personagens, a busca por quem ela é, e, consequentemente, a busca pela esperança, deve partir dela e de mais ninguém.

Como disse a personagem Mary Margaret, também desse seriado:

Esperança  “acreditar que um final feliz seja possível é uma coisa muito poderosa”.

E você, tem acreditado no seu final feliz e cultivado a sua esperança?   

Recomendo que você leia também: Você Conhece o Poder Terapêutico dos Contos de Fadas?

Um beijo e uma (re)descoberta,

Juliana.

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Juliana Ruda – Psicóloga de Orientação Junguiana (CRP 08/18575).

Tem Especialização em Psicologia Analítica.

Atua na área clínica atendendo jovens e adultos.

Ministra cursos, palestras, workshops e grupos de estudos com temas relacionados à Psicologia, Psicologia Junguiana e Contos de Fadas.

É uma das colaboradoras da Comissão Temática de Psicologia Clínica do Conselho Regional de Psicologia do Paraná.

Além de eterna aventureira dos Contos de Fadas!

Contatos – E-mail: psicologa.julianaruda@gmail.com 

Facebook: https://www.facebook.com/PsicologaJulianaRuda/

 

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