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Era Uma Vez… Apenas Nos Contos de Fadas ou na Nossa Vida?

Era Uma Vez

Era uma vez…

 “Os livros que têm resistido ao tempo são os que possuem uma essência de verdade,

Era Uma Vez capaz de satisfazer a inquietação humana,

por mais que os séculos se passem”

(Cecília Meireles)

A todo instante estamos compartilhando histórias, estamos compartilhando o nosso conto de vida. era uma vez

Seja falando do presente, do passado ou do futuro.

Como costumo dizer, somos um compilado de histórias que se constroem no tempo e com o tempo.

E assim acontece com os contos de fadas, eles são enredos tecidos e compartilhados há muito tempo.

Recomendo que você leia também: (Re)descobrindo os Contos de Fadas

Explorar o universo dos contos exige disponibilidade, tempo, dedicação, comprometimento e paciência.

Analisar um conto de fadas, seja no sentido de exercitar o nosso autoconhecimento ou analisá-lo no setting terapêutico junto de nossos pacientes, é uma tarefa deliciosa e desgastante ao mesmo tempo.

Desgastante no sentido de que há muita energia psíquica, emocional e até mesmo física envolvida.

Jung, fundador da Psicologia Analítica, falava que após uma análise profunda de um conto era necessário pelo menos uma semana de descanso para se recuperar. Era Uma Vez

Um dos aspectos que nos convida a mergulhar no mundo dos contos de fadas e a vivenciar toda essa magia e energia ali contida é o rito de entrada.

Este é conhecido pela famosa frase “ era uma vez ”.

O rito de entrada nada mais é do que o convite para adentrar nessa jornada fantástica.

O “ era uma vez ” nos move, nos envolve e nos seduz.

Era uma vez…

Se pararmos para pensar, vivenciamos a todo instante o “ era uma vez ” em nosso dia a dia.

Para compreender melhor isso, pense em quantas coisas você iniciou e/ou experienciou pela primeira vez.

Garanto que se você parar para refletir sobre isso terá uma lista com pelo menos 3 itens.

Mas, além do rito de entrada, é necessário uma finalização, não é mesmo?

Por isso nos contos também encontramos os ritos de saída, como o famoso “viveram felizes para sempre”.

É importante o rito de saída, para que possamos retornar ao “mundo real”.

Isso não quer dizer que iremos esquecer os contos, pelo contrário.

Estaremos carregando uma parte dele conosco pelo tempo que for necessário.

Pode ser durante toda a nossa vida – e aqui me refiro às pessoas que têm um conto de fadas preferido, o qual recordam seus ensinamentos até hoje -, bem como pode ser por um período do nosso caminhar.

Os ritos de entrada e os ritos de saída são imprescindíveis. Mas por que, Juliana?

Porque é por meio desses ritos que podemos realizar a conexão entre o ego (eu, consciente) com o Self (totalidade, inconsciente), isto é, o que chamamos de “eixo ego-Self”.

Os contos possibilitam com que ocorra uma compensação entre o consciente e o inconsciente, dessa maneira, ao escutar, ler ou assistir um conto, estaremos entrando em contato com nossas questões tanto pessoais quanto coletivas.

Quando, por exemplo, lemos um conto e nos encantamos por ele, porém, sem conseguir explicar ao certo o motivo, é porque, talvez, algo tenha sido ativado no nosso inconsciente, estando agora, esperando o momento certo para que o notemos conscientemente.

Além disso, por sermos um compilado de histórias, temos início, meio e fim.

E analisando os contos observamos essa mesma ordem: há um ponto de partida (rito de entrada), um desenrolar e um ponto de chegada (rito de saída).

Imagine se não fosse assim, nos daria a sensação de algo inacabado, certo? Era Uma Vez

É só lembrarmo-nos de situações em nosso cotidiano em que estávamos contando algo e fomos interrompidos por alguém, isso nos dá certo desconforto, como se algo estivesse faltando.

A mesma sensação pode ser percebida quando alguém inicia uma frase, mas muda o rumo da conversa.

Ficamos, na maioria das vezes, ansiando pela conclusão, pela justificativa.

Com isso, como seria se os contos não tivessem um encerramento?

Muito possivelmente teríamos a mesma sensação de algo inacabado.   

Contudo, vale lembrar que “felizes para sempre” não implica que a história dos personagens acabou ali e nada mais aconteceu.

Eles foram felizes para sempre até aquele momento, a vida continuou, o ciclo prosseguiu, e outros “era uma vez” vieram, do mesmo modo que outros “felizes para sempre”.

Segundo Hans Dieckmann (1986, p.43),

“[…] O conto deve sempre dizer alguma coisa ao homem que tenha susceptibilidade para captar sua mensagem, deve tocar algo na profundeza dele, e pôr em movimento aquilo que não pode expressar-se ou formular-se de melhor modo […]”.

Aceitar o convite para se aventurar nas linhas mágicas dos contos de fadas, faz com que, ao final da história, com a internalização do rito de saída, carreguemos conosco os mais variados aprendizados.

Isso porque, nunca seremos os mesmos após a leitura de um conto, sempre seremos mais, sempre estaremos (re)descobrindo a nós mesmos.

Um beijo e uma (re)descoberta,

Juliana. 

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Juliana Ruda – Psicóloga de Orientação Junguiana (CRP 08/18575).

Tem Especialização em Psicologia Analítica.

Atua na área clínica atendendo jovens e adultos.

Ministra cursos, palestras, workshops e grupos de estudos com temas relacionados à Psicologia, Psicologia Junguiana e Contos de Fadas.

É uma das colaboradoras da Comissão Temática de Psicologia Clínica do Conselho Regional de Psicologia do Paraná.

Além de eterna aventureira dos Contos de Fadas!

Contatos – E-mail: psicologa.julianaruda@gmail.com 

Facebook: https://www.facebook.com/PsicologaJulianaRuda/

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