Disposofobia
Disposofobia!
Em um artigo anterior falamos sobre o TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo. disposofobia
Que, como o próprio nome indica, caracteriza-se por obsessões e compulsões.
Onde as obsessões provêm dos pensamentos e as compulsões do comportamento de fazer o que a mente determina.
Neste artigo aprofundaremos o assunto no que se refere ao Transtorno de Acumulação.
Que pauta pelo mesmo mecanismo psíquico, também chamado Acumulação Compulsiva ou Disposofobia (fobia em dispor/desfazer das coisas).
O que é Acumulação Compulsiva? disposofobia
É um transtorno de ansiedade que apresenta três características principais:
- A coleção obsessiva de coisas, objetos, bens que para a maioria das pessoas não têm utilidade;
- A incapacidade de se livrar de qualquer objeto ou bem recolhido, muitas vezes do lixo ou adquiridos em grande quantidade;
- Um sentimento de angústia ou de estar sempre em perigo.
Os acumuladores compulsivos juntam grande quantidade de coisas.
Normalmente em desordem, que ocupam grande espaço do ambiente doméstico ou até mesmo no local de trabalho.
Causando conflitos emocionais entre o acumulador compulsivo e as pessoas da família com repercussões sociais, financeiras e físicas.
Muitas vezes a pessoa não disposofobia consegue perceber seu comportamento anormal.
E apresenta negação do problema, não admitindo guardar coisas em excesso.
Não tem, portanto, consciência da necessidade de ser ajudado, até mesmo para alívio das pessoas de sua convivência.
E por isso não apresenta disposição e motivação para o tratamento.
Nessa situação, tende-se a isolar-se e não mantêm contato social por vergonha e constrangimento em receber visitas em casa.
disposofobia O transtorno surge de forma gradativa e desenvolve-se de forma progressiva, onde a pessoa começa a ocupar algum cômodo da casa com objetos que não consegue se desfazer e o pensamento que comanda sua mente é: “não vou jogar isso fora, porque um dia posso precisar”.
E assim as coisas acumuladas passam a ocupar espaços da casa e a dominar sua psiquê.
E faz com que o único sentido da sua vida seja adquirir e guardar compulsivamente mais objetos sem jamais conseguir se libertar desse jeito de ser.
O acumulador compulsivo junta:
- livros,
- revistas,
- jornais,
- recipientes,
- embalagens,
- metais,
- móveis,
- papéis de bala,
- roupas,
- discos,
Sempre com o pensamento persistente de que vai precisar desses objetos sem utilidade, estragados e obsoletos.
O tratamento deve ser domiciliar, in loco, onde o terapeuta leva o paciente a reconhecer suas dificuldades, suas crenças e comportamentos inadequados.
E a se conscientizar que as dificuldades de descartar os objetos são infundadas.
E a perceber que sua desordem mental está atrelada à desordem física.
disposofobia E que a ocupação do espaço físico ou aquisição de mais e mais objetos está intrinsecamente ligado aos seus sentimentos mais íntimos.
Esses objetos tem um simbolismo e um afeto para o paciente que deve ser trabalhado. disposofobia
Inclusive com a família do paciente, levando-o a entender esse vazio psíquico que ele insiste em preencher com esses objetos.
Quanto mais a família verbaliza seu incômodo, mais persistente se torna esse comportamento.
Na abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental o foco está em entender as causas da acumulação compulsiva.
Ou seja, a origem desse comportamento ansioso.
E conforme a gravidade desse transtorno, encaminhar para um psiquiatra avaliar a necessidade de tratamento medicamentoso associado à psicoterapia.
É um trabalho um tanto árduo e doloroso para o paciente que é levado gradativamente a se desfazer desses objetos.
E o terapeuta deve atuar no sentido de dar suporte para o enfrentamento nesse processo de desacumulação.
Lembrando que o terapeuta deve ter o cuidado com a prevenção, uma vez que o paciente com disposofobia pode retornar os sintomas compulsivos de acumular coisas.
Diante disso, o tratamento pode ser demorado, mas compensador. disposofobia
Porque o paciente mudará seu comportamento e assimilará que aqueles objetos não têm mais controle sobre sua vida.
Descobrirá uma autonomia e leveza nunca antes sentida pelo desapego desnecessário que nutria.
Até o próximo artigo.
Rosânia Guimarães
[thrive_leads id=’498′]
Rosânia de Fátima Guimarães Coaracy Muniz, psicóloga CRP 01/11302.
Atua na clínica atendendo crianças, adolescentes e adultos e faz avaliação neuropsicológica em Brasília/DF.
Contatos: email: rosania1.muniz@gmail.com
Fanpage: https://www.facebook.com/entendendoaansiedade [1]